Os cortiços são habitações coletivas que surgiram no Brasil no final do século XIX, especialmente nas grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Inicialmente construídos para abrigar trabalhadores que se deslocavam do campo para a cidade em busca de emprego, esses tipos de moradia acabaram se tornando símbolo da pobreza e da precariedade na habitação. Os cortiços eram conhecidos por serem superlotados e com condições insalubres, o que favorecia a propagação de doenças entre os moradores. As casas eram divididas em pequenos cômodos, onde diversas famílias compartilhavam o mesmo espaço. Além disso, a falta de infraestrutura básica como saneamento básico, água encanada e iluminação adequada, transformava os cortiços em verdadeiros locais de risco. Com o passar do tempo, as políticas públicas de habitação foram melhoradas e os cortiços foram se tornando cada vez menos comuns nas grandes cidades brasileiras. Porém, ainda há registros de cortiços em algumas regiões do país, especialmente em locais onde a renda é mais baixa e a falta de moradia é um problema recorrente. Enquanto alguns enxergam nos cortiços um retrato da falta de oportunidades e da desigualdade social, outros veem nessas habitações um exemplo da resistência e da solidariedade dos moradores que lutam para sobreviver em meio a condições precárias e adversas. Independentemente da perspectiva adotada, é importante entender que os cortiços fazem parte da história e da realidade do Brasil, e que a busca por soluções para a habitação é um desafio que ainda precisa ser enfrentado.