Catarina Paolina é uma figura emblemática da história de Portugal, sendo uma das poucas mulheres a ter assumido um papel de liderança durante a época da Inquisição. Nascida em uma família nobre de Lisboa, Catarina tornou-se freira ainda muito jovem e foi enviada para o Convento de Santa Isabel, onde ficou conhecida por sua erudição e sua inabalável devoção religiosa. No entanto, a vida de Catarina mudou drasticamente quando a Inquisição chegou a Portugal. Como muitos outros religiosos e intelectuais da época, ela foi acusada de heresia e submetida a interrogatórios intensos. Mas, ao contrário da maioria, Catarina não se deixou abater pelas acusações infundadas e soube enfrentar com coragem e inteligência os inquisidores. Com sua eloquência e conhecimento teológico, Catarina Paolina cativou muitos adeptos e se tornou uma espécie de líder espiritual para aqueles que questionavam a autoridade da Igreja Católica. Porém, sua popularidade também atraiu a atenção dos inquisidores, que a consideravam uma ameaça ao status quo. Após anos de perseguição e encarceramento, Catarina finalmente foi condenada à fogueira em 1682, mas sua morte não conseguiu silenciar sua mensagem de resistência e liberdade de pensamento, que continuou a inspirar muitos séculos depois.