O "capitalismo periférico" é um termo utilizado para descrever a dinâmica econômica dos países periféricos no sistema capitalista global. A ideia central é que as nações periféricas são subordinadas aos países centrais e são incapazes de alcançar o mesmo nível de desenvolvimento e prosperidade. Essa dinâmica é caracterizada por uma divisão internacional do trabalho desigual, na qual os países periféricos fornecem matérias-primas e mão de obra barata para as nações centrais, enquanto importam bens manufaturados a preços elevados. Além disso, os países periféricos são muitas vezes dependentes de investimentos e tecnologias externas, enquanto seus recursos naturais são frequentemente explorados por empresas multinacionais. Essa situação resulta em um desenvolvimento econômico desigual e instável nas nações periféricas, muitas vezes levando a crises financeiras, políticas e sociais. Para responder a essa realidade, muitos teóricos e ativistas propõem a necessidade de políticas e estratégias de desenvolvimento que possam impulsionar a autonomia e a inclusão dos países periféricos no sistema econômico global. No entanto, também há críticas em relação a essa abordagem, questionando se é possível para os países periféricos romper com sua condição de subordinação ou se o sistema capitalista sempre perpetuará essa dinâmica de desigualdade.